Apesar da crise europeia e de algumas das principais indústrias terem optado por ficar de fora do evento, o Salão do Móvel ainda atrai um grande número de visitantes. Só nesta edição foram 292.370 visitantes, sendo 188.579 estrangeiros e aproximadamente 12.000 brasileiros.

Com olhar apurado e focado nas necessidades da marca e no perfil do consumidor brasileiro, o grupo de profissionais da S.C.A. pôde identificar os destaques do evento. Os estandes apresentaram medidas reduzidas, mas mostraram que mesmo em crise, a Europa e suas fábricas tentaram buscar alternativas para se diferenciar e inovar, valendo-se de detalhes que puderam promover novas soluções, reverenciando o design, porém sem grandes investimentos. Na visão de Sérgio Manfroi, diretor superintendente da S.C.A., o Salão foi uma feira feita em clima de uma grande crise. “Foram poucas novidades e muita não participação de empresas importantes, mesmo assim, o evento continua considerado referência em termos de design para o mundo”, conta.

Segundo Isabel Cristina Debenetti e Felipe Bussolotto, do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da S.C.A., a feira mostrou ambientes menores, compactos, mais aconchegantes e próximos da realidade. Diferente de outras edições, onde os ambientes ganhavam medidas generosas. Segundo os profissionais, a feira evidenciou o uso da pedra efeito cimento, com aspecto handmade, feito à mão, além de materiais orgânicos, onde o natural se contrastava com o tecnológico. Na visão do grupo, ainda foi intensa a utilização do artifício assimetria e do efeito tridimensional usado em muitos projetos de mobiliário. O uso do puxador também trouxe alguma inovação. Apesar de ter sido explorada a ausência do puxador, já que a calha/cava deu lugar a ele, quando incorporado, esse acessório normalmente ganhava o mesmo tom das frentes do móvel. Em outras composições o puxador apresentava cor de contraste ao mobiliário, justamente para se tornar o protagonista da composição.

Isabel Debenetti considera os materiais naturais, os verdadeiros protagonistas do Salão do Móvel nesta edição. Segundo ela, madeira, mármore, pedra e tecidos voltaram a compor e revestir móveis, complementos e cozinhas. “São materiais verdadeiros, propostos na sua identidade mais profunda, sem maquiagens ou superficialismos”, diz a profissional. E reforça, “em particular ganhou força o cimento, utilizado não apenas como superfície de revestimento ou pavimento, mas também como material para compor elementos de decoração e mobiliário, em todos os locais da casa. É um material elegante, resistente e nobre”, conclui.

Vale ressaltar que antes mesmo do Salão do Móvel acontecer, ainda no início do mês de abril, a S.C.A. já antecipava ao mercado sua nova cartela de catorze novos padrões de revestimentos para o mobiliário. A maioria das novas tonalidades lançadas pela empresa está em total sintonia com as tendências em cores e texturas apresentadas durante a feira. Os novos revestimentos da S.C.A. contemplam amadeirados, nudes sofisticados, tons lisos, acetinados, vibrantes e luminosos, além de novas versões para os famosos Tessutos (Amaro Tessuto e Paglia Tessuto), ou seja, os revestimentos de exclusivo efeito 3D.

Destaque para os laminados decorativos coloridos, Zafferano, Corallo e Verde Lago. Já vem ganhando grande aceitação comercial o novo Branco (Blanc), além dos sóbrios Fieno, Malto e Tartuffo, de textura exclusiva, efeito perolizado, indicado para ambientes elegantes e sofisticados. Continuam em alta os tons de bege Fendi, nesta opção o novo Suede entra em cena. Já quanto aos amadeirados, o novo Blend traz a eminente característica natural, forte tendência em projetos de interiores. Já o Nebbia Legno apresenta poros brancos e marcados, um fundo escuro, quase preto, elegante e ousado.

Ainda entre as fortes tendências em cores e padrões de revestimentos, ganham força os variados tons de cinza. Além dos novos da S.C.A., Malto e Tartufo, os já conhecidos Cinza Claro, Grafito e o próprio Cinza têm destaque. Continuam em alta os beges, Arena e Fendi, sem contar nos tons de Verde, principalmente mais fechados como o Bambú, Citrino e Pistache. O amarelo queimado é um dos queridinhos do momento. Além do já conhecido Mostarda, neste ano a S.C.A. aposta no Zafferano, açafrão em italiano, uma forte tendência, assim como as variações de Vermelhos e Laranjas, incluindo aqui o lançamento Corallo.

Novamente a S.C.A. confirmou estar à frente, antecipando tendências e mostrando estar em sintonia com o que tem sido apresentado de novo em termos de acabamentos, tecnologia e novas formas relacionadas ao design mundial.